VISÃO:

Seja muito bem-vindo a esta aventura de tentar entender o mundo em que vivemos. Salientamos que nosso maior propósito é proporcionar condições de acerto em 100% das questões de atualidades e conhecimentos gerais dos vestibulares e que secundariamente estaremos almejando contribuir para uma visão ampliada e mais aprofundada quanto ao mundo que nos cerca.

terça-feira, 20 de maio de 2014

PREVISÃO FMJ

PROPOSTAS DE TEMAS: DOAÇÃO E TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS

TEMA 06: DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES NO BRASIL.


FONTE: CARTA CAPITAL (DR. DRAUZIO VARELLA).

Como em muitas outras áreas, o Brasil apresenta enormes disparidades nas estatísticas de doações e transplantes de órgãos. Enquanto alguns estados há anos alcançam números comparáveis aos melhores no mundo, outros chegam ao final do ano sem realizar um transplante sequer. Nesta entrevista, o presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, fala sobre a situação das doações e transplantes efetivados no País e como cada um pode contribuir para melhorar os números brasileiros na área.

Site DV – Há alguns anos estabeleceu-se que todos os brasileiros seriam doadores de órgãos e que quem não o quisesse fazer, teria de registrar essa negativa no R.G. Hoje, como se define quem é ou não doador?

Ben-Hur Ferraz Neto – A inscrição na carteira de identidade e de motorista que mostrava a opção do indivíduo e, na sua ausência, a presunção de que se tratava de um doador, não tem mais valor desde o ano 2000. Nós passamos do sistema de doação presumida para o que chamamos de doação consentida. O que vale, hoje, é o que a família resolve. Quem autoriza a doação de órgãos atualmente é a família, começando pelos parentes mais próximos: pai e mãe, filhos, marido ou esposa e assim por diante. Estamos convencidos de que, culturalmente, essa é a forma mais adequada para nós.

Site DV – Ainda assim, as negativas familiares sempre foram a principal causa de não efetivação de transplantes.  No RBT (Registro Brasileiro de Transplantes) parcial de 2011, notamos que, em relação a 2010, houve aumento no número de recusas na maioria dos estados. Em muitos casos, esse aumento foi muito grande. No Maranhão, por exemplo, o número de negativas saltou de 33,3% em 2010 para 78,6% em 2011 até o momento. A que se deve essa mudança?

Ben-Hur Ferraz Neto – O número de negativas, à primeira vista, pode ser interpretado como algo que aumentou, mas não é verdade. O que ocorreu foi uma mudança no método de avaliação. Antes, a porcentagem de negativas familiares era dada em relação ao número de doadores. Só que alguns potenciais doadores deixavam de ser doadores no meio do caminho, como ocorre em casos de parada cardíaca, ou algumas famílias não eram encontradas para a entrevista. Assim, a porcentagem de negativas acabava caindo. Agora, o dado é em relação ao número de famílias entrevistadas, o que revela um número mais fidedigno da recusa familiar no Brasil.

Site DV – Por esse novo método, não temos dados de alguns estados. Mesmo assim, pelo que se sabe, o número de negativas familiares no Brasil é considerado aceitável?

Ben-Hur Ferraz Neto – De forma geral, entre os países melhores colocados no que se refere a doações de órgãos, a cada quatro famílias, uma nega a permissão. Entre os piores, a cada quatro famílias, duas negam. Nós estimamos não estar longe disso. Pelo grau de educação e de informação do nosso povo, podemos concluir que o brasileiro aceita bem o processo de doação.

Site DV – Qual é o quadro atual de transplantes efetivados no Brasil?
Ben-Hur Ferraz Neto – Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo a realizar transplantes de órgãos (6402 em 2010, sem contar células e tecidos); fica atrás apenas dos Estados Unidos. Mesmo assim, esse é um número muito pequeno, se considerado o tamanho de sua população. Além disso, infelizmente, existem discrepâncias muito grandes entre os estados. Nós deveríamos ter de 20 a 25 doadores de fígado pmp (por milhão de população), por exemplo, mas temos ao redor de oito. Só que em São Paulo, esse número chega a 16. No Ceará, alcança 18. São números bem próximos da demanda local e até acima de muitos países desenvolvidos. Por outro lado, as regiões Norte e Centro-oeste sequer têm equipes de transplante de fígado. Apesar disso, pode-se dizer que o País está no caminho certo.

Site DV – O que leva a essa conclusão?

Ben-Hur Ferraz Neto – A organização do sistema, do ponto de vista de transparência e de credibilidade, amadureceu. Hoje, apesar de todos os problemas que o Brasil enfrenta, as pessoas estão convencidas de que ninguém consegue passar na frente de ninguém, nem por questões econômicas nem políticas. E não consegue, mesmo. No primeiro semestre de 2011, já registramos mais de dez doadores pmp, um recorde histórico. Em estados como Santa Catarina, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Norte, os números têm aumentado progressivamente. São Paulo e Santa Catarina, por exemplo, têm índices muito superiores à média dos Estados Unidos e da Europa. Mas precisa haver investimento, vontade política e ações baseadas em um programa estruturado. Não adianta sair por aí fazendo o que se “acha” que vai resolver a questão.

Site DV – Que medidas precisam ser tomadas para melhorar o número de doações e transplantes realizados no País?

A Saúde Pública como um todo tem que melhorar para que possamos melhorar também a captação de órgãos. Quem é o potencial doador? Na maioria das vezes, é um indivíduo que teve um AVC ou um trauma craniencefálico, que evoluiu para morte encefálica. Em ambos os casos, trata-se de um indivíduo que até aquele momento estava se sentindo bem e, por isso, será atendido nos serviços de emergência. Então, na medida em que os serviços de emergência têm problemas graves de atendimento que não superam, a possibilidade de efetivar transplantes também fica limitada, pois ficam prejudicados o processo de diagnóstico de morte encefálica e a manutenção dos potenciais doadores. É indispensável haver, além de informação, a profissionalização do sistema de captação de órgãos em parceria com os estados e uma política local de doações. Sem dúvida, esses são os três pilares para que a questão seja desenvolvida com sustentabilidade e melhora progressiva.

Site DV — Ações em nível local são importantes nessa questão, portanto.

Ben-Hur Ferraz Neto – É preciso formar profissionais que possam trabalhar em todos os lugares e sobreviver dessa profissão em qualquer região do País. Precisamos evoluir dos bons números pontuais para um quadro que contemple melhor distribuição de órgãos doados e melhor acesso ao transplante no País como um todo. Não adianta um indivíduo da Região Norte precisar de um transplante de fígado e só poder fazer na Região Sudeste. Por ser um brasileiro como outro qualquer, ele tem o direito de ser transplantado em qualquer estado. Entretanto, o acesso fora do estado de origem é mais complexo.

Site DV – A troca de órgãos entre estados é uma saída para ajudar a diminuir as disparidades entre as regiões?

Ben-Hur Ferraz Neto – A princípio, os órgãos captados em um determinado estado são disponibilizados para os receptores que estão na lista daquele estado. É uma forma absolutamente lógica de otimizar a qualidade. Transplantar um fígado que ficou 16 horas no gelo é pior que transplantar um que ficou oito. Além disso, esse sistema cria certo estímulo local. Na medida em que os órgãos ficam na sua própria região, existe uma tendência de que esse trabalho seja reconhecido naquela área.
Todavia, existe um sistema previamente estabelecido para a troca entre regiões. Caso um órgão seja captado em um determinado estado que não tem aquele tipo de transplante ou que não tenha, naquele momento, nenhum receptor compatível, a Secretaria de Saúde do local, por meio da sua Central de Transplantes, entra em contato com a Central Nacional, que fica em Brasília. A Central Nacional, então, redistribui esse órgão mediante alguns critérios também previamente estabelecidos. Um deles é a malha aérea disponível. Por isso, não adianta definir que um órgão de São Paulo vá para o Acre, se não há transporte que faça o trajeto em tempo viável. Depois da disponibilidade aérea, vêm os critérios de gravidade, compatibilidade, etc., o que torna o acesso ainda mais difícil.

Site DV – O Ceará é um dos estados que figura entre os primeiros colocados na efetivação de transplantes de vários órgãos, apesar de o Nordeste como um todo não apresentar números tão bons. Gostaria que o senhor explicasse a experiência desse estado.

Ben-Hur Ferraz Neto – Existe a necessidade de um interesse local no desenvolvimento de qualquer tipo de novidade ou progresso. O estado do Ceará criou uma política estadual de transplantes. Não uma política de ganhar votos, mas uma política de ação. Simplesmente foi colocada, entre as prioridades, a política de transplantes, que consiste em investir na formação de um grupo para fazer o trabalho de captação de órgãos. Para tanto, foram formados profissionais e feitas contratações de pessoal. A atual coordenadora estadual do Ceará (Dra. Eliana Régia Barbosa de Almeida) é uma das pessoas que têm atividade muito forte na formação de equipes ao redor do Brasil via ABTO. O sucesso dessa política, portanto, é fruto de um trabalho contínuo que obviamente requer um investimento inicial. Hoje, a equipe transplantadora de fígado do Ceará é uma das melhores do nosso País.

Site DV – Pelo RTB do primeiro trimestre de 2011, percebemos certa apreensão com o número de doações, que até aquele momento estavam abaixo das expectativas. Já no RTB do primeiro semestre, ficou evidente uma inversão quase completa desse quadro. O ritmo de doações e transplantes é flutuante de forma aleatória ou existe algo que explique esse movimento em tempo tão curto?

Ben-Hur Ferraz Neto – Existe uma sazonalidade no que diz respeito à doação, mas nesse caso específico da diferença do primeiro trimestre para o primeiro semestre de 2011, na minha avaliação, pesou outro fator importante, as eleições estaduais. Todas as Centrais de Transplante são órgãos oficiais das Secretarias de Estado da Saúde. Como houve grande mudança nos governos e, consequentemente, a substituição do secretariado, tenho conhecimento de que algumas secretarias suspenderam os investimentos até que o novo secretário tomasse pé da realidade daquele local.
Por isso, algumas secretarias que tinham na sua programação contratar mais pessoas, não o fizeram, e algumas até deixaram de renovar contratos que eram emergenciais. Isso deve ter acarretado um decréscimo inicial que obviamente foi percebido pelos secretários então empossados e a tendência de queda foi revertida. Mas eu mesmo testemunhei, como presidente da ABTO, no primeiro trimestre de 2011, uma forte preocupação por parte de alguns coordenadores de transplante a respeito das políticas que estavam sendo freadas pelos novos secretários.

Site DV – O impacto de questões políticas no quadro de transplantes, então, é imediato.

Ben-Hur Ferraz Neto – É rápido porque são questões que podem impedir ou não a manutenção de profissionais que trabalham naquela atividade. Bastar cortar o cargo para cortar a ação. Como já dissemos, no Brasil, a doação de órgãos está crescendo, mas se caem os números em São Paulo, Santa Catarina e Ceará, a influência será muito grande, pois esses três estados são os maiores captadores de órgãos do país. Portanto, se tivermos problemas em algumas cidades desses estados – e tivemos –, isso deve ter repercutido nos resultados do começo do ano.

Site DV — Que medidas fora do âmbito político podem ser tomadas para melhorar as estatísticas de doações no Brasil?

Ben-Hur Ferraz Neto – O melhor a fazer é cada um conversar com seus familiares em um momento traqnuilo, sem dor, fora de um contexto de tristeza, sobre a vontade de ser um doador. Como os potenciais doadores são aqueles que no dia anterior ou alguns dias antes de morrer estavam ótimos, conhecer a vontade dessa pessoa pode ser fundamental para a aceitação ou recusa da doação. Se a vontade da pessoa que morreu for desconhecida e aquela família nunca discutiu o assunto, claro que aquela hora de dor é o pior momento para falar sobre este assunto, e a probabilidade de uma negativa será sempre maior. Então, se as pessoas quiserem que seus órgãos sejam doados, a melhor forma de fazê-lo é conversar com seus familiares a respeito de sua vontade e intenção.

PROPOSTAS DE TEMAS: POLÊMICA IPEA

TEMA 05: POLÊMICA PESQUISA DO IPEA (INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA)
65% DOS BRASILEIROS ACHAM QUE MULHER DE ROUPA CURTA MERECE SER ATACADA
Resultados assustaram até autores do estudo do IPEA; retrato da vítima de violência sexual indica ainda que mais da metade das vítimas tinha menos de 13 anos e há casos de estupro coletivo.

FONTE: ESTADÃO/BRASIL. 27 de março de 2014 | 15h 03

ERRATA:
A rigor, a publicação da errata não traz grandes consequências práticas, já que se trata de uma pesquisa de opinião. No entanto, é imprevisível que efeitos podem ter sobre a percepção nacional, dada a dimensão que o levantamento atingiu na última semana.
O erro, por exemplo, afetou a imagem do Brasil no exterior: jornais e revistas das maiores economias do planeta repercutiram a informação, que ficou tachada como símbolo do grande machismo da sociedade brasileira. 
A presidente Dilma Rousseff se manifestou no Twitter, dizendo que a “pesquisa do IPEA mostrou que a sociedade brasileira ainda tem muito o que avançar no combate à violência contra a mulher".
Já a jornalista Nana Queiroz, de Brasília, começou a campanha #naomereçoserestuprada, em que mulheres tiraram fotos, normalmente tampando os seios, com a frase titulo do movimento. Foram milhares de adesões nas redes sociais

Veja a nota do IPEA na íntegra:
"Vimos a público pedir desculpas e corrigir dois erros nos resultados de nossa pesquisa Tolerância social à violência contra as mulheres, divulgada em 27/03/2014. O erro relevante foi causado pela troca dos gráficos relativos aos percentuais das respostas às frases Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar e Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. Entre os 3.810 entrevistados, os percentuais corretos destas duas questões são os seguintes:

LINHA DE ARGUMENTAÇÃO:
No discurso, o brasileiro tende a condenar veementemente a violência, física ou psicológica, mas ainda tem dificuldades em dissociar essa violência de um conjunto de normas socialmente aceitas. Essa dificuldade se revela sobretudo quando o tema é violência sexual. A diferença de postura de tolerância/intolerância à violência doméstica e à violência sexual, dizem os pesquisadores, reafirma a dificuldade de se estabelecer no Brasil uma agenda de direitos sexuais.
“Por maiores que tenham sido as transformações sociais nas últimas décadas, com as mulheres ocupando os espaços públicos, o ordenamento patriarcal permanece muito presente em nossa cultura e é cotidianamente reforçado na desvalorização de todas as características ligadas ao feminino, na violência doméstica, na aceitação da violência sexual”, conclui o estudo. "Causa espanto observar que 65% das pessoas que responderam à pesquisa concordam com a afirmação, nem um pouco sutil, de que 'mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.'"
Segundo os pesquisadores, a culpabilização da mulher pela violência sexual fica evidente quando, por exemplo, 58% dos entrevistados dizem concordar "totalmente" com a afirmação de que ela só é vítima de agressão sexual por não se comportar de maneira adequada. “Por trás da afirmação está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres, que os provocam, é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir como uma correção: ela merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar. O acesso dos homens aos corpos das mulheres é livre se elas não impuserem barreiras, como se comportar e se vestir ‘adequadamente’”.

CONCLUSÃO:
Toda mulher quer se casar. Esse retrato não surge do nada. Tem como base a aceitação de um modelo que coloca o homem “referência” em todos os espaços sociais. Nesse modelo, são os homens que detêm o poder público e o mando sobre o espaço doméstico - e sobre os corpos e vontades das mulheres.
Essa ideia fica evidente, por exemplo, quando 64% dos entrevistados dizem que “os homens devem ser a cabeça do lar” ou quando 79% afirmam que “toda mulher sonha em casar”.
Parecem frases inofensivas, mas não são. Por trás das afirmações, apontam os pesquisadores, está a ideia de que a mulher somente pode encontrar a plenitude em uma relação estável com um homem – ou que deve ser recatada sem almejar uma vida de solteira com muitos parceiros. Essa ideia, segundo o estudo, tem influência marcante da religião: católicos têm chances 1,5 vez maior de concordar com a afirmação de que toda mulher sonha em casar, e os evangélicos, 1,8. O índice cai, no entanto, entre grupos mais escolarizados. “Aqueles que consideram o homem como 'cabeça do lar' têm propensão maior a achar que a mulher é responsável pela violência sexual”, escrevem os autores.
Há uma tendência, no entanto, de discordar da ideia de que a mulher deve satisfazer as vontades do marido – o índice dos que refutam essa ideia (65%) é maior do que o de quem a aceita total ou parcialmente (41%). “Essa afirmação coloca subliminarmente a delicada questão do estupro no âmbito do casamento, um tabu resultante do confronto entre os comportamentos e desejos sexuais femininos e masculinos.”
A conclusão dos pesquisadores é que, de maneira geral, há hoje uma dificuldade em admitir posturas mais toleráveis à violência de gênero. "Resta saber se as práticas também seguem esse movimento, e os indícios parecem apontar que não."

PROPOSTAS DE TEMAS: GASTOS COM A COPA.

TEMA 04: COPA DO MUNDO NO BRASIL 2014
FONTE: CARTA CAPITAL.

LINHA DE ARGUMENTAÇÃO/INTERVENÇÃO:


Nosso país, como tantos outros no passado, assumiu compromisso de organizar e abrigar megaeventos esportivos que podem beneficiar a nação brasileira sob determinados aspectos, mas não deveremos esquecer que tudo isto exige uma preparação redobrada do poder público para que tudo aconteça sem causar traumas, mas antes de tudo, benefícios políticos e econômicos a curto e longo prazos.
Sabemos que o esporte é o caminho prioritário para a integração social das pessoas, das comunidades, dos países, do mundo em sentido amplo. Desde a antiguidade, os povos se preocupavam com o esporte como fator de integração social, entre os quais os gregos e romanos que já tinham um sentimento esportivo bastante arraigado à época. Copa do Mundo
ou Campeonato do Mundo de Futebol FIFA de 2014 será a vigésima edição do evento e terá como país-anfitrião o Brasil. É a segunda vez que este torneio é realizado no país, depois da Copa do Mundo FIFA de 1950. A competição será disputada entre 12 de junho e 13 de julho e ocorrerá pela quinta vez na América do Sul, a primeira após 36 anos já que a Argentina acolheu o evento em 1978.  Foi a última sede de Copa do Mundo escolhida através da política de rodízio de continentes implementada pela FIFA, iniciado a partir da escolha da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.

DADOS:

Orçamento/2014  do Governo Federal (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA)
Transportes – R$24,5 BI.
Obras urbanas – R$23,9 BI.
Ciência e tecnologia – R$8,3 BI.
Cultura – R$2,6 BI.

Custo Da Copa- R$33 bilhões.

INVESTIMENTO: 

BNDES/ CAIXA. - 42%.(PÚBLICO)
PRIVADO - 58% - SETOR FINANCEIRO. (AMPLA CONCESSÃO DE CRÉDITO)

PROPOSTAS DE TEMAS: EPISÓDIOS DE JUSTIÇAMENTO

TEMA 03: EPISÓDIOS DE JUSTIÇAMENTO NO BRASIL: “TÁ COM DÓ? LEVA PRA CASA” OU “ADOTE UM BANDIDO”!

LINHA DE ARGUMENTAÇÃO/INTERVENÇÃO:

O linchamento é a violência dura perpetrada por um grupo de pessoas como punição contra um indivíduo acusado de ter praticado algum delito, mas sem o devido processo judicial e em detrimento dos direitos fundamentais de toda pessoa humana garantidos pelas leis.
João Pedro Pádua, advogado criminalista e professor de Processo Penal da UFF (Universidade Federal Fluminense), acredita que é justamente a descrença na lei que move a lógica do justiçamento no país.
“A lei é um instrumento que é mal visto como regulador social no Brasil.”. Para os amigos, tudo, para os inimigos, a lei. Por não confiar na lei, o policial mata porque crê que a Justiça será lenta e ineficiente. O jovem da Zona Sul se junta em bandos e faz justiça com as próprias mãos. E assim as milícias, os traficantes, é a mesma “lógica", diz.
Trata-se de um policiamento ilegal e clandestino, idêntico às milícias e ao patrulhamento das favelas exercidos por narcotraficantes".

DADOS:

Para a antropóloga Alba Zaluar, da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o fenômeno dos justiceiros não é novo, pois já ocorreu em décadas passadas. Ela acredita que "vamos caminhar para a barbárie" caso não se efetive "uma relação de cooperação entre a sociedade e a polícia".
Já o professor de Sociologia e Antropologia Michel Misse, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), alerta que a reação favorável a essas práticas na sociedade é muito preocupante. "É preciso compreender que a sobrevivência dessa ideia de justiça como vingança, uma ideia pré-moderna, é absurda, e que não é uma saída aos problemas. Precisamos esclarecer a importância da lei, ou estamos fadados ao inferno", argumenta.
Para Prando, o apoio a esse tipo de atitude só é possível porque a sociedade brasileira é culturalmente violenta. “O gosto pela violência faz parte da vida do brasileiro, que está habituado a tratar o outro como coisa. Foram 400 anos de escravidão, em que um grupo mandava e outro obedecia."

CAUSAS:

Jaqueline alerta para o apoio popular a esses grupos: “O justiceiro de hoje se transforma no tirano de amanhã. O fortão de hoje, que age em nome da sociedade, vai cobrar regras e taxas de proteção até a liberdade do cidadão amanhã."
Ela compara a ação dos justiceiros à dos milicianos, grupos formados por militares, que cobram taxas em troca de proteção contra traficantes e o crime organizado, e diz que, caso se propague, a tendência é que justiceiros também se transformem em criminosos.
“Historicamente, não há exemplo de miliciano ou grupos de justiceiros que tivesse produzido segurança pública. Ao contrário, eles se converteram em grupos criminosos."
Já a professora e coordenadora do curso de psicologia social da PUC-SP, Maria da Graça Gonçalves, diz que ao dar carta branca aos justiceiros em nome da diminuição da sensação de insegurança, a sociedade “age com sentimento de vingança e não de justiça”.

CONCLUSÃO: 

Devemos cobrar a responsabilidade do Estado e da Justiça, que está preparada para ouvir o contraditório e oferecer o direito de defesa. Uma vez que o cidadão ocupa o lugar do Estado e pensa estar sendo justo, ele se transforma em alguém que comete um crime. Quando alguém se arvora na condição de fazer justiçamento, tira o direito de defesa do outro. As formas (de justiçamento) que são utilizadas relembram o período da escravidão no Brasil. Alerta à população: "As pessoas que querem aparecer diante da sociedade como justiceiros, na verdade, estão cometendo crimes e a lei deverá responsabilizá-las de forma exemplar". Dessa forma o justiçamento é uma manifestação de baixo moralismo empenhada em desfazer os padrões de convivência conquistados a duras penas ao longo do processo civilizador.

PROPOSTAS DE TEMAS: TRÁFICO HUMANO

TRÁFICO HUMANO.

Forma de escravidão contemporânea baseada na mercantilização da vida.
Maior violação aos Direitos Humanos deste século.


FONTE: UNODC – ESCRITÓRIO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DROGAS E CRIMES.
LINHA DE ARGUMENTAÇÃO/INTERVENÇÃO:

Deve ser compreendido como um fenômeno social complexo, altamente violador e que envolve, em muitos casos, a privação de liberdade, a exploração, o uso da violência. Hoje, este fenômeno representa um tema de grande importância para o Brasil, pela sua incidência dentro do país e entre os seus nacionais vivendo no exterior.
As pessoas são exploradas em atividades sexuais, mas também para o trabalho escravo, em contextos urbanos e rurais; na extração de órgãos; em casamentos servis entre outras formas de exploração e sacrifício. O tráfico de pessoas é a forma moderna da escravidão, ainda invisível a boa parte da sociedade.

DADOS:

A pena do crime de tráfico de pessoas (pena de reclusão, de três a oito anos) é menor do que as penas impostas ao crime do tráfico internacional de armas e de drogas. E, por mais que o tipo penal “tráfico de pessoas” tenha passado por diversas alterações legislativas, ainda permanece insuficiente para contemplar as características do fenômeno e todas as suas formas de exploração. Ainda convivemos com a distância entre o que compreende o tráfico de pessoas e a perspectiva criminal que o caracteriza.
Ratificamos o Protocolo de Palermo, que é a diretriz internacional para o tema, contamos com uma Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas que é indutora de ações de prevenção, repressão ao crime e atenção e proteção às vítimas. Estamos sob a égide de um segundo plano nacional que envolve 17 Ministérios na implementação de 115 metas até 2016. E a cooperação com Estados e Municípios, organismos internacionais, ministério público e os poderes judiciário e legislativo, e a necessária articulação e permanente diálogo com a sociedade civil reforçam a característica democrática e integrada da atuação brasileira no enfrentamento a este crime. Relatório identificou 475 brasileiros vítimas de exploração sexual no exterior entre 2005 e 2011. A Polícia Federal prendeu ao menos 117 pessoas. Das 475 vítimas identificadas, 337 sofreram exploração sexual e 135 foram submetidas a trabalho escravo. As informações do governo federal apontam ainda que os brasileiros vítimas deste crime foram encontrados em maior número no Suriname (133 vítimas), Suíça (127), Espanha (104) e Holanda (71). O primeiro país da lista funciona como rota para a Holanda.
CAUSAS:

Os principais fatores de vulnerabilidade que propiciam a ambiência para que o tráfico de pessoas possa se perpetuar. Em geral, esses fatores não estão ligados única e exclusivamente a questões econômicas e sociais. Estas condições e fatores como a pobreza, a busca por melhores oportunidades de trabalho, necessidade de sustentar a família, motivos ambientais (secas ou inundações) estão entre as motivações que levam a pessoas a cair em falsas promessas que se revelam em situações de exploração posterior. Mas as motivações podem ser mais complexas como, por exemplo, o desejo de conhecer novas culturas, o desejo de transformar o corpo, o casamento com um estrangeiro, ou a necessidade de sair de uma condição de violação de direitos (violência doméstica, abuso sexual intrafamiliar, homofobia). Assim, o tráfico se aproveita daquilo que é o bem mais precioso do ser humano - a capacidade de sonhar, de querer mais, de ir mais longe. Ele entra exatamente nos espaços onde os sonhos ainda são negados, onde restam poucas ou nenhuma alternativa, com uma promessa que parece aceitável.
Contudo, fatores culturais e políticos também reforçam esta ambiência para a ocorrência do crime, como: demanda por serviços sexuais; aspectos culturais como a desigualdade e iniquidades de gênero e raça, geracionais, a cultura patriarcal e a homofóbica; políticas migratórias restritivas que criam barreiras à migração regular; modelos de desenvolvimento econômico como fatores de expulsão e atração de pessoas e serviços; a corrupção e conivência de funcionários públicos; e deficiências de respostas estatais no enfrentamento a este crime entre outros.
CONCLUSÃO: 

O envolvimento de distintos atores governamentais e não governamentais, de setores da mídia, aumenta a visibilidade e começa a provocar a desejada indignação para que a sociedade brasileira não aceite que seus cidadãos sejam vendidos como mercadoria e tampouco que cidadãos estrangeiros vivam em nosso território em condições de exploração. Liberdade não se compra. Dignidade não se vende.

PROPOSTAS DE TEMA: RACISMO

TEMA 01: FENÔMENO DO RACISMO:

“O Brasil é um dos países mais racistas do mundo, mas o racismo é velado”.
FONTE: Secretaria de Políticas e Promoção de Igualdade Racial (SEPPIR)

LINHA DE ARGUMENTAÇÃO/INTERVENÇÃO:

Há uma tendência forte no movimento antirracista de considerar que a superação do racismo se dá pela educação. Não é à toa que duas bandeiras fortes do movimento atual referem-se à educação: a Lei 10.639 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ao instituir a temática da história da África e da cultura afro-brasileira nos conteúdos curriculares do ensino básico e a implementação das cotas raciais nos processos seletivos das universidades públicas.

DADOS:

Pesquisas que comprovam a relação intrínseca entre pobreza e cor de pele no Brasil.
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, divulgou um trabalho de decomposição dos beneficiários do Brasil Sem Miséria, que inclui o Bolsa Família, o Brasil Carinhoso e o PRONATEC, entre outros. Cerca de três quartos dos beneficiados, mostra o levantamento, são negros.
Embora o Bolsa Família não se paute por uma política de afirmação racial, há outros fatores que estimulam um número maior de negros atendidos. O estudo Vozes da Nova Classe Média, realizado pelo Ipea neste ano, indicou que, ao declarar-se preto, as chances de um candidato obter o benefício aumentam em 10%.
Dado bastante comemorado pelo ministério é a parcela de 65% de negros entre os matriculados no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. 
Em relação ao Brasil Carinhoso, que atende famílias com filhos de até 15 anos de idade, a proporção de pretos ou pardos chega a 77%. O número pode ser explicado pela taxa de fecundidade. Segundo um estudo do IPEA de 2011, enquanto entre os negros a média de filhos por mulher é de 2,1, na população branca é de 1,6.
Nos programas direcionados à população rural, a proporção de negros atendidos é ainda mais alta consequência de sua maior concentração no campo. Nas cidades, 48% da população é negra, e no meio rural, 61%. Os programas Água para Todos e o Fomento às Atividades Produtivas têm entre seus beneficiados quase 80% de negros. No caso do Bolsa Verde, que complementa a renda de quem adota práticas sustentáveis, chega a 92%.
A iniciativa de estender o Bolsa Família às comunidades quilombolas é o que mais se aproxima de uma política afirmativa no Brasil Sem Miséria. Segundo o ministério, há 2.197 comunidades quilombolas reconhecidas, com uma população estimada de 1,17 milhão de indivíduos.
Por causa da distância e do isolamento, o governo tem desenvolvido formas alternativas de atuação, diz Tereza Campello. Hoje são 261,5 mil quilombolas autodeclarados inscritos no Bolsa Família.

CAUSAS:

O racismo no Brasil origina-se do fato do capitalismo por aqui ter se construído com base na acumulação primitiva de riquezas obtida pelo modo de produção chamado pelo pensador Jacob Gorender, de escravismo colonial.
O “escravismo colonial” foi muito bem conceituado por Gorender – ele sustentou o mercantilismo na Europa durante muito tempo, possibilitou em certo momento, recursos para inversão em modos de produção mais avançados e, após a proibição do tráfico de escravos em 1850 (lei Eusébio de Queiroz), os recursos que eram destinados ao tráfico foram direcionados para investimentos em sistemas produtivos, possibilitando aí, a transição negociada do escravismo colonial para o capitalismo.
Reforço esta ideia da “transição” – não houve ruptura com a ordem anterior e sim uma transição. A classe dominante brasileira é descendente dos escravocratas. Por isto, elementos construídos nas relações sociais do escravismo se transfiguram para o capitalismo. A “tolerância opressiva” de que fala Darcy Ribeiro – tolerar o outro para poder oprimi-lo – serviu como mecanismo legitimador da escravização e, atualmente, para a superexploração da mão de obra assalariada. Negros são tolerados desde que em seu “devido lugar”.
O racismo no Brasil se manifesta em construção de lugares permitidos para brancos e negros.

CONCLUSÃO: 
Diante disto, o racismo não se resolve meramente com a educação, até porque a escola, como instituição social o reproduz. A luta pelas cotas e pela lei 10639 tem uma função importante de abrir frentes de embate dentro da instituição escolar, porém sem criar a ilusão de que a mera implantação resolverá o problema das relações étnicas no Brasil.

A escola é um espaço de conflitos – demonstrado, nitidamente, quando se ouve um professor da afirmar, em uma reunião, que “a implantação das cotas poderia aumentar a violência no campus.” A luta contra o racismo é uma ação, portanto, de natureza política e não um processo educacional.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

UOL ATUALIDADES - EVOLUÇÃO (TECNOLOGIA 3D)

Faça você mesmo: impressoras 3D prometem revolução na medicina, na ciência e no dia a dia - POR CAROLINA CUNHA



Imagine que você queira comprar um tênis novo. Logo você acessa seu computador e imprime o par, podendo passear com eles uma hora depois. Parece cena de ficção científica? Não para a tecnologia de impressão 3D, inovação que possibilita criar objetos de verdade diretamente do computador.
Se a impressora tradicional usa tinta em uma superfície plana, a 3D fabrica objetos reais em três dimensões e que você pode segurar na mão. Os materiais para impressão são os mais variados. Borracha, plástico, resina, metal, gesso, cera, tecidos, cerâmica e papel. Num futuro próximo, qualquer pessoa poderá imprimir de tudo em casa. 
A tecnologia existe desde 1986, mas o processo era muito caro e foi usado pela indústria, principalmente, na manufatura de protótipos para produtos. Somente a partir de 2009 é que os primeiros modelos de prototipagem rápida começaram a ser vendidos a preços mais acessíveis.
No Brasil, a primeira impressora 3D foi fabricada em 2012, totalmente nacional. A máquina usa um filamento plástico como matéria prima para criar objetos.
As possibilidades de uso dessa tecnologia são infinitas e a criatividade não tem limites para quem busca criar itens personalizados. Nos Estados Unidos, onde a tecnologia é uma febre, quase tudo já foi impresso: chaves, escovas de dente, canecas, peças de xadrez, tênis, sapatos de plástico, máscaras, bonecos, tabletes de chocolates, vestidos e instrumentos musicais. 
Muitas dessas invenções podem ser vistas no site Thingiverse.com, uma comunidade de criadores de produtos impressos na impressora 3D. Cada usuário pode criar um objeto e disponibilizar o arquivo de código aberto para outros internautas. O site já oferece mais de 100 mil itens para download.
Na arquitetura, a criação de maquetes em 3D com perfeição de escala e repleta de detalhes já é rotina em muitos escritórios. Uma empresa do setor chegou a criar uma máquina gigante chamada D-Shape, que pode construir uma casa sem a necessidade de intervenção humana. Fãs do automobilismo, como o apresentador de TV Jay Leno, usam suas impressoras para criar peças de carros antigos que não são mais vendidas no mercado. Cientistas brasileiros que estudam esqueletos fósseis já digitalizam e fazem moldes do material para visualizar e estudar melhor as estruturas internas. 
Impacto nos negócios e a polêmica impressão de armas
A cultura do “faça você mesmo”, onde qualquer um pode fabricar um produto real veio para ficar. A lógica é simples: se você pode imaginar e desenhar algo, a impressora pode construí-lo. É o cenário de liberdade criativa ideal para quem quer despertar o lado “designer” ou “engenheiro”.
Essa nova realidade também vai gerar impacto nos negócios. Para as empresas, isso significa que o processo da fabricação à entrega final ao consumidor pode ser tão simples como vender um arquivo pela internet, já que os próprios consumidores poderiam imprimir o artefato. Isso poderia baratear os custos de produtos e aumentar a possibilidade de personalização.
Por outro lado, muitas empresas já começam a se preocupar com a “pirataria 3D”, na qual pessoas copiam produtos e os imprimem de forma caseira. Seria algo semelhante ao impacto que as gravadoras tiveram com a concorrência dos arquivos de música digital. A fabricante de brinquedos LEGO é uma das que já se preocupam com o problema. Réplicas de seus bloquinhos de plástico já são populares entre os entusiastas da impressão 3D.
A fabricação de objetos polêmicos e perigosos também é outro problema. Em 2013, o americano Cody R. Wilson criou na sua impressora 3D um rifle capaz de fazer até 600 disparos. Este ano, uma empresa americana conseguiu “imprimir” uma pistola de metal que foi utilizada com êxito. O governo americano chegou a proibir o download de arquivos para essa finalidade, mas não de forma permanente.
Revolução na medicina e na ciência
Uma das áreas mais beneficiadas pela tecnologia é a medicina, que pode produzir materiais de alta precisão com as medidas exatas do paciente. Próteses que simulam órgãos são cada vez mais usadas em diagnósticos, como moldes de arcada dentária, narizes e ossos.
Os médicos também testam próteses para auxiliar nos tratamentos e lesões, como as próteses ortopédicas. Nos EUA, uma idosa está usando uma mandíbula feita por impressão 3D e um bebê recebeu uma prótese de polímero para usar na traqueia. Graças ao método, ele consegue respirar naturalmente.
Mas os cientistas querem ir além. No futuro, a previsão é que as máquinas comecem a produzir órgãos e tecidos humanos, como rins, bexigas e vasos sanguíneos que seriam usados em implantes. Chamada de bioimpressão, essa linha de pesquisa vem conquistando resultados positivos. Segundo a consultoria Gartner, essa área tem muito potencial, mas deve levar pelo menos dez anos para atingir seu maior grau de maturidade.
No Brasil, a Unicamp (Universidade de Campinas) já estuda a impressão em três dimensões para criar estruturas em que tecidos são reconstruídos na medida ideal para o paciente. Em 2013, um laboratório britânico criou um material sintético similar a tecidos vivos, que poderia ter aplicações médicas e substituir possíveis tecidos danificados no organismo.
Outro campo de estudos é a robótica. Pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) buscam produzir robôs a um custo baixo e que sejam capazes de realizar atividades pré-estabelecidas. As pessoas poderiam “imprimir” os robôs em casa para que eles ajudassem nas tarefas domésticas.
A NASA gostou da novidade e estuda testar uma impressora 3D no espaço. A máquina terá o tamanho de uma torradeira e deverá produzir ferramentas e peças de reposição nos laboratórios da Estação Espacial Internacional (ISS). Outro projeto da instituição é a pesquisa com materiais orgânicos. A ideia é reproduzir células que possam dar origem a materiais como carbono e madeira.
De tempos em tempos, uma nova tecnologia aparece para mudar o mundo profundamente. Foi assim com a energia elétrica, o carro e a internet. As previsões e pretensões da impressora 3D, não são diferentes.